28 de novembro de 2012

Melhor do que fazer mil gols


Em algumas palestras que ministro para casais, ensino, a exemplo de outros palestrantes, a importância dos cônjuges conhecer as diferenças entre os sexos opostos, e, dentro das inúmeras diferenças, tenho enfatizado a preocupação dos homens em conquistar metas, atingir objetivos e alcançar resultados.

Sem dúvidas, nós, seres do sexo masculino somos ávidos por conquistas, e, vibramos veementemente quando conquistamos o que tanto almejamos. E, dependendo da conquista, nos sentimos super-heróis quando a temos em nossas mãos.

No mundo do futebol, por exemplo, alguns jogadores além de perseguirem metas coletivas como: títulos, premiações, fuga de rebaixamentos e classificação para outras competições; muitos sonham e lutam por conquistas individuais, a saber: artilharia, vaga na seleção nacional ou premio de melhor jogador do mundo.

Entre tantas metas e conquistas individuais, uma se destaca: a busca pelo milésimo gol, feito alcançado por poucos! No Brasil, oficialmente, apenas dois atletas obtiveram esse feito: Arthur Friedenreich, com 1.329 gols e Pelé, com 1.281.

A busca pelo milésimo gol é tão desejada que ex-jogadores como Romário e Túlio Maravilha não encerraram a carreira enquanto não completaram (pelo menos em suas contas) a tão sonhada marca.

No meio evangélico, também se pode perceber a busca por marcas e objetivos. Há pastores que buscam, como loucos, o crescimento numérico e financeiro de sua denominação. Alguns são tão ávidos por isto, que “lideram” ou “gerenciam” a denominação como uma empresa. Outros estufam o peito e grotescamente proferem: - quando assumi esta igreja, a renda era X, agora é X vezes Y.

Nos anais da história eclesiástica, podemos verificar a importância que alguns ministros davam também as marcas. Por exemplo, estima-se que George Whitefield, durante 35 anos de ministério, pregou mais de 18.000 sermões na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Também há registros, que em 50 anos de ministério, John Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano.

Em relação ao grande reformador Calvino, conta-se que ele pregava cerca de 300 sermões ao ano, um total espantoso, especialmente para alguém que também lecionava quase todos os dias na Academia de Genebra.

Mas, porque estou dizendo estas coisas? Você pode estar se perguntando!

Estou dizendo isto, pois, no dia 02 de junho de 2012 completei a minha 1000ª (milésima) ministração. Sei que para muitos, essa marca além de não significar nada, também não é tão expressiva numericamente. Entretanto, para alguém que em virtude de uma paralisia pós – parto, foi condenado pela medicina a viver uma vida vegetativa, passando por quase duas décadas por tratamento com fisioterapeutas e fonoaudiólogos, sinto-me extremamente feliz e grato a Deus por ter “alcançado” a milésima ministração.

Graças a Deus, sempre tive o hábito de anotar e catalogar em planilhas as minhas ministrações, por isso, pude constatar que durante onze anos, ministrei a Palavra em 251 localidades (bairros), 186 denominações, 67 cidades e 4 países.

Estou feliz por esta marca, entretanto, longe de mim gloriar-me, pois, me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! E após, chegar à milésima ministração, considero-me inútil, pois, fiz somente o que devia fazer! (1 Coríntios 9:16 e Lucas 17:10)

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